MBL vai criar “movimento estudantil” liderado por fundador que gravou vídeo sobre “vender farinha”. Por Donato

Atualizado em 19 de novembro de 2018 às 20:06

Já prevendo que judicialmente o trambolho Escola Sem Partido jamais irá decolar, os rapazotes do MBL (Movimento Brasil Livre) decidiram elaborar outra estratégia para se infiltrarem nas escolas e tumultuarem o ambiente. Resolveram fundar um movimento estudantil.

O plano não é, obviamente, o de participar de eleições de entidades como UNE e UBES, mas sim de desconstruí-las por considerarem-nas ‘insignificantes’.

“Consideramos esse modelo obsoleto e nosso objetivo é tornar esse tipo de organização insignificante”, declarou Pedro D’eyrot, fundador do MBL.

Como esses meninos não se cansam de passar vergonha, a resposta veio a jato: “Se quiser tornar a UNE insignificante, o MBL vai ter que: Eleger sua diretoria de dois em dois anos em congressos com mais de 10 mil estudantes e representantes eleitos em mais de 90% das universidades em todos os estados do país; Ter um sistema online de acompanhamento de todas as eleições no Brasil; (…) Estar na direção da ESMAGADORA maioria dos Diretórios Centrais dos Estudantes, Centros Acadêmicos e Uniões Estaduais dos Estudantes do país; Deixar de ser um movimento oco, com lideranças apartidárias filiadas ao DEM financiadas sei lá como e propagadores fake newsAté lá, vão continuar sendo essa fraude que são e vão ter que comer muito arroz com feijão pra sonhar em deslegitimar a UNE”, escreveu em sua página no Facebook o diretor da UNE, Leonardo Guimarães.

Mas voltemos a Pedro D’eyrot. Seria curioso perguntar aos pais de estudantes que acreditam na existência do kit gay ou na mamadeira com bico em formato de pênis, o que pensam de um movimento estudantil encabeçado por ele.

Para quem não se lembra, Pedro D’eyrot era o líder da banda Bonde do Rolê, que cantava o seguinte:

“Malandro tá ligado, cu de bêbado não tem dono / Deu mole no peludo eu viro, pego e como / Na hora do buraco eu não vejo diferença / Essa história de boiola pra mim é tudo crença / Se deu mole com a rosca / Chega aqui e leva vara”.

Não me parece muito adequado aos valores da família brasileira que tanto combate a ‘ideologia de gênero’. Os vídeos da banda traziam cenas de consumo de drogas, sexo explícito, beijos entre gays, beijos a três, cenas deorgias. Para atrair audiência ao clipe de Vida Loka, D’eyrot postou nas redes sociais: “Vai ser o vídeo mais putanheiro e subversivo de toda a história dessa banda. Vai decorando a letra ‘Eu e meus amigo vamo abri uma padaria; não vai vendê pão pronto, só vai vendê farinha”.

Não vou comentar os atentados ao idioma, mas não custa esclarecer que ‘farinha’ é a gíria para cocaína.

Os papais e mamães que apoiam o Escola Sem Partido também costumam ser críticos ferozes da Lei Rouanet. Acho que não iriam gostar de saber que o líder do MBL e pretenso baluarte da educação já ‘mamou nas tetas’ também. Ele captou R$ 2,5 milhões para participar de um festival chamado Bananada.

Pedro D’eyrot e a cambada do MBL esperam falar aos corações dos eleitores bolsonaristas com o discurso nauseante repleto de ‘ideologia’ ou ‘doutrinação’. Afirmou desejar “municiar os alunos com argumentos ideológicos para que possam se defender da doutrinação em sala de aula. Nada melhor, pra contrapor um professor ideológico, do que um corpo de alunos também ideológicos”.

Sei não, mas algo me diz que ele certamente não está contando com aulas de antropologia, filosofia e sociologiapara tal intento. Acho que irá focar em ‘videoaulas de ensino remoto, ministradas por Kim Kataguiri que irá analisar a linha filosófica dos Power Rangers.

Vai Brasil!