MBL virou comunista depois que se negou a convocar atos pró-ditadura. Por Luís Felipe Miguel

Atualizado em 21 de maio de 2019 às 12:52
O vereador Fernando Holiday, Renan dos Santos, Kim Kataguiri e o blogueiro Arthur do Val do “Mamãe, falei” | Foto: Facebook

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O MBL está apanhando forte de seus parceiros na extrema-direita por não ter aderido às manifestações pró-ditadura chamadas para o dia 26.

O cérebro do grupo, Renan Santos, fez um vídeo para se justificar, com um tom claramente defensivo. Pelo que vi dos comentários (são dezenas de milhares de comentários no Youtube), a decepção da base é grande. Perceberam agora que o MBL é comunista (uma categoria ampla, vocês sabem, que inclui desde Rodrigo Maia e FHC até Maurício Macri e a Rede Globo). Outros, mais versados na novilíngua olaviana, explicam que não é comunismo, mas “socialismo fabiano”. De todo jeito, uma esquerdopatia, menos ou mais disfarçada. Mundo bizarro.

No vídeo, Santos concentra sua crítica nos olavetes (Araújo e Weintraub) e lista os ministros que estão “indo bem”. O primeiro, evidentemente, é Paulo Guedes – com direito a um inflamado auto-elogio; afinal, ninguém luta mais pelas reformas contra o Brasil do que o MBL. Depois aparece Damares. Em seguida, ele cita o ministro da Infraestrutura, “esqueci o nome dele agora”. Por fim, a ministra dos Agrotóxicos, Tereza Cristina, que, segundo Renan, “está indo bem pra caramba”.

Sérgio Moro não entrou na lista. A que atribuir este lapso?