MEC: Diretor exonerado teve movimentação bancária incompatível com a renda, diz PF

Atualizado em 6 de junho de 2023 às 7:01
Alexsander Moreira, coordenador-geral de Apoio às Redes de Educação Básica do MEC – Foto: Eugênio Barreto/Secretaria Estadual de Educação de Sergipe

Alexsander Moreira, ex-diretor do Ministério da Educação (MEC), foi exonerado na última segunda-feira (5) após ser alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) por suspeita de integrar um esquema de fraudes em contratos para a aquisição de kits robótica para escolas em Alagoas.

De acordo com informações do jornal O Globo, documentos das investigações apontaram que o ex-funcionário da pasta movimentou em sua conta cerca de R$ 737.185 durante um ano, sendo parte desses recursos depositada em espécie.

Esse valor, no entanto, foi apontado como incompatível com a renda de Moreira, que, à época da apuração, recebia um salário mensal de R$ 10.400. As movimentações bancárias foram realizadas entre 2021 e 2022.

Os investigadores da PF também descobriram laços do ex-diretor do MEC com outros suspeitos. Ele trabalhou para uma empresa fornecedora de peças de kit de robótica entre 2014 e 2016, ano em que deixou o mercado privado para ingressar na pasta.

Alexsander Moreira, coordenador-geral de Apoio às Redes de Educação Básica do MEC – Foto: Reprodução

Segundo a corporação, após o acesso aos cofres públicos, Moreira passou a ter uma “importante atuação na área de robótica dentro do Ministério da Educação, notadamente na elaboração e sugestão de políticas voltadas ao tema”.

Outra informação que chamou a atenção da PF é o fato de Moreira já ter trabalhado e morado em um endereço em João Pessoa (PB) que está registrado como residência de uma funcionária de uma das empresas suspeitas de desviarem recursos públicos da Educação.

Vale destacar que, na última semana, a Justiça Federal autorizou a PF a cumprir um mandado de busca e apreensão em um hotel na região central de Brasília, onde Moreira costumava se hospedar.

A medida, entretanto, fazia parte de uma operação da PF deflagrada para investigar um suposto esquema que teria gerado prejuízos estimados em R$ 8 milhões com recursos desviados do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

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Yurick Luz
Yurick Luz, 24 anos, é redator no DCM desde 2022. Amante do futebol, são-paulino e entusiasta do mundo automotivo.