A ginasta Júlia Soares, 18, estreou nas Olimpíadas de Paris-2024 com samba no pé em um instrumental do Raça Negra, conquistando fãs no último domingo (28). Ela voltou a se apresentar nesta terça-feira (30) na final por equipes, conquistando uma medalha de bronze, um feito inédito para os atletas brasileiros.
Por suas apresentações em Paris, a ginasta conquistou o carinho dos brasileiros ao se apresentar com uma mistura da música “Cheia de Manias”, do grupo de pagode Raça Negra, um instrumental de samba com pandeiros e apitos além de finalizar com uma música tradicional francesa. Veja:
Veja a apresentação de Júlia Soares:
Pra quem é fã do mundo pop e não está entendendo nada, a Julia Soares é equivalente a Olivia Rodrigo, a nossa BEST NEW ARTIST da ginástica artística feminina
— JV🧣 (@jvve31) July 30, 2024
Nascida em Curitiba, Júlia iniciou na ginástica aos 4 anos, inspirada pela irmã mais velha, Giovanna. Em 2018, começou na categoria júnior, competindo no Troféu Cidade de Jesolo, na Itália, onde a seleção brasileira ficou em sétimo lugar.
Ainda em 2018, Júlia conquistou ouro no individual geral e na trave no Campeonato Brasileiro, tornando-se campeã sul-americana júnior na trave, seu aparelho de destaque. Sua transição para competições seniores ocorreu em 2021, nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, onde o Brasil ganhou ouro por equipes.
Durante esse campeonato, Júlia homologou um novo elemento no Código de Pontuação da FIG (Federação Internacional de Ginástica), o “The Soares”, uma entrada de trave em vela com meia pirueta. “As primeiras vezes eu batia a cara na trave”, revelou Júlia em entrevista ao podcast Mundo Real. “Deu muita satisfação na hora, eu olhei para a minha técnica e pensei que todo aquele trabalho realmente valeu a pena”.
Esse movimento, usado nas classificatórias de Paris-2024, aumentou sua nota de dificuldade. Sua apresentação no solo, que animou a torcida, rendeu a Júlia 200 mil novos seguidores nas redes sociais. Em setembro de 2022, ela competiu nos Jogos Sul-Americanos, conquistando ouro por equipes e no individual geral, além de nas finais de trave e solo.
Júlia Soares se destaca como uma das grandes revelações da seleção brasileira de ginástica. Além da final por equipes, ela se classificou para a decisão na trave, que acontece em 5 de agosto.
O Brasil ainda pode ganhar mais quatro medalhas na ginástica feminina. Rebeca Andrade também se classificou para a final da trave, além do salto, solo e individual geral. Flávia Saraiva também buscará um pódio no individual geral.