Médico que defendeu cloroquina ganha eleição ‘controversa’ no CFM; entenda

Atualizado em 8 de agosto de 2024 às 11:49
O infectologista Francisco Cardoso – Foto: Jane de Araújo

O infectologista Francisco Cardoso foi eleito representante de São Paulo no Conselho Federal de Medicina (CFM) após uma eleição marcada por polarização e controvérsias. A disputa foi acirrada, com denúncias de irregularidades, incluindo o uso de mensagens apócrifas, que levaram o caso até a Polícia Federal. Com informações da colunista Anna Satie, do Uol.

A chapa de Cardoso, que se apresentou como “a única chapa de direita para o CFM”, obteve 37,97% dos votos válidos, enquanto a pediatra Melissa Palmieri ficou em segundo lugar, com 34,13%. Outras chapas também participaram da disputa: “Por Uma Categoria Médica Mais Forte”, que conquistou 15,25% dos votos, e “Experiência e Inovação”, com 12,64%. O processo eleitoral foi encerrado na noite de quarta-feira (7) após intensa campanha.

Tratamento precoce e cloroquina

Francisco Cardoso ganhou notoriedade ao defender o uso de cloroquina para o tratamento precoce da covid-19 durante a CPI da Covid no Senado

Em junho de 2021, ele afirmou que “de todos os remédios testados, o que apresentou inicialmente o melhor desempenho foi a cloroquina e sua prima farmacológica, a hidroxicloroquina”, contrariando as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Médicos de todos os estados e do Distrito Federal participaram da votação para eleger um conselheiro titular e um suplente para os próximos cinco anos. A participação na eleição era obrigatória para todos os profissionais de até 70 anos, o que gerou uma grande mobilização entre a classe médica.

A eleição em São Paulo ganhou destaque quando o CFM acionou a Polícia Federal em julho para investigar o uso indevido de sua logomarca e identidade visual em mensagens nas redes sociais. Essas mensagens, que pediam votos, imitavam comunicados oficiais do conselho sem autorização, gerando confusão entre os eleitores.

Médicos dizem ter recebido mensagem orientando voto para eleição do CFM em São Paulo – Foto: Reprodução

Além disso, houve relatos de médicos que receberam mensagens de texto de um número desconhecido, supostamente apoiando a chapa de Cardoso como a única alternativa “anti-L 13”. O texto afirmava: “Conselho Federal de Medicina 2024: Chapas de SP que votaram no L (13): 1, 3 e 4. Única chapa anti-(L-13): 2. Apoie chapa 2: dias 06/07 agosto.”

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