Médicos e setor Saúde ameaçam abandorar governo Bolsonaro em plena pandemia

Atualizado em 18 de setembro de 2021 às 15:27
Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, de máscara
Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga
A consequência imediata da decisão do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, de interromper a vacinação em adolescentes bate na Câmara Técnica Assessora e Imunização.
É um órgão que aconselha o ministério nas ações relacionadas ao combate ao coronavírus. Os médicos estão cogitando deixar a Comissão caso a pasta não volte atrás na decisão.

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Segundo a colunista Malu Gaspar, durante uma reunião virtual, especialistas e membros de sociedades e conselhos de medicina que compõem a câmara, assim como representantes das secretarias estaduais e municipais de saúde rechaçaram com unanimidade a decisão do ministro Marcelo Queiroga de interromper a vacinação para esta faixa de idade.
Eles teriam exigido, ainda segundo a colunista do Globo, que a pasta emitisse uma nota técnica dizendo que a equipe de especialistas não foi consultada e que ela discorda da decisão, e também querem que Queiroga defina um calendário para a retomada da vacinação dos adolescentes.

Efeito cascata

O perigo é um efeito em cascata e a decisão influenciar setores como enfermagem e outros.

Da forma como as coisas estão, não espante a pasta da Saúde federal inteira ser comandada por generais, soldados e pessoas sem experiência na área.

Em manifestação neste sábado, Marcelo Freixo falou sobre o tema, lembrano que o ministro Marcelo Queiroga não é apenas capacho de Bolsonaro, é cúmplice.