Médicos executados no RJ: Criminosos dispararam mais de 3 tiros por segundo

Atualizado em 6 de outubro de 2023 às 10:15
Médicos tiraram foto instantes antes de serem mortos: Marcos de Andrade Corsato, Daniel Sonnewend Proença, Diego Ralf de Souza Bomfim e Perseu Ribeiro Almeida. Foto: Reprodução

Três médicos morreram e um ficou ferido após criminosos dispararem 33 tiros em cerca de 10 segundos contra o grupo, que confraternizava na madrugada da última quinta-feira (5), em um quiosque da orla da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. A ação toda durou 25 segundos.

Entre as vítimas estava Diego Ralf Bomfim, irmão da deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP). Além do irmão da parlamentar, Marcos de Andrade Corsato (62) e Perseu Ribeiro Almeida (33) foram baleados e morreram no local. Daniel Sonnewend Proença (32) foi atingido por três tiros e sobreviveu.

A mecânica do crime

Descida do carro

O incidente aconteceu quando os médicos estavam prestes a sair do quiosque Naná 2, após já terem pago a conta. As câmeras de vigilância registraram o momento exato, por volta das 00h59m22s de quinta-feira, quando um carro parou na faixa de pedestres, e três criminosos armados desembarcaram.

Os bandidos, em questão de segundos, saíram do carro e começaram a disparar contra os quatro ortopedistas

Início dos disparos

A ação dos criminosos durou apenas cerca de 4 segundos após deixarem o veículo. Eles abriram fogo contra os médicos por volta das 00h50m27s.

Daniel caiu na frente dos atiradores, Marcos permaneceu sentado, Diego se inclinou para frente e Perseu caiu da cadeira, rolando para trás.

Disparos em menos de dez segundos

Os bandidos recuaram em direção ao carro, no entanto, um deles voltou em direção à mesa dos médicos, enquanto Daniel se movimentava. Marcos faleceu sentado, com a cabeça virada para trás. Diego caiu, e Perseu se arrastou para trás do quiosque.

Os criminosos realizaram mais disparos contra Daniel às 00h59m34s, totalizando 33 tiros de pistolas 9mm, ou seja, mais de 3 tiros por segundo. Alguns desses disparos atingiram o quiosque, deixando marcas nas mesas onde os ortopedistas estavam sentados.

Volta para conferir médico

Um segundo indivíduo, que estava prestes a entrar no carro no banco do carona, voltou correndo em direção a Perseu Ribeiro de Almeida, que possivelmente foi confundido com o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, de acordo com uma das linhas de investigação das polícias Civil e Federal.

Esse bandido teria retornado para verificar o alvo. As câmeras dos quiosques registraram esse movimento às 00h59m41s.

Outro criminoso, que estava no banco de trás do veículo, também saiu e se aproximou da mesa onde os ortopedistas estavam, como se estivesse dando cobertura ao comparsa.

Fuga

Os bandidos fugiram por volta das 00h59m47s, aproximadamente 25 segundos após o início da ação, de acordo com as imagens das câmeras dos quiosques.

Assista o momento do crime:

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