Medo do eleitorado do interior pode afastar Alckmin da chapa com Lula

Atualizado em 30 de novembro de 2021 às 12:18
Veja Lula e Alckmin
Lula e Geraldo Alckmin. Foto: Ricardo Stuckert/Wikimedia Commons

Se depender de um de seus principais conselheiros, Geraldo Alckmin não deve aceitar ser vice de Lula em 2022.

Quem defende essa posição é o ex-deputado e ex-presidente do PSDB, Pedro Tobias. Tobias fala com Geraldo todos os dias, são amigos íntimos há mais de 30 anos.

O ex-deputado fez campanha aberta para Eduardo Leite nas prévias do PSDB, contra João Doria. Quando o gestor tomou o partido de assalto, dois anos atrás, deixou a presidência em solidariedade ao ex-governador.

O DCM confirmou com uma fonte próxima de Tobias que a tendência é Geraldo ir para o PSD, partido de Gilberto Kassab, e tentar o sorte na disputa pelo governo de São Paulo.

O aliado entende que a velha rivalidade entre PT e PSDB é um muro intransponível neste momento para o tucano, especialmente no interior do Estado.

“O pessoal acha que o Geraldo tem mais a perder do que a ganhar com essa aproximação com Lula”, diz a fonte.

O problema é que todos os três principals conselheiros de Geraldo são do interior: Tobias, de Bauru, Silvio Torres, de São José do Rio Pardo, e Sidney Beraldo, de São João da Boa Vista.

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Em geral, o trio segue entrosado na prática e na ideologia no momento de tomar a decição política.

Sem grandes aventuras

Geraldo, que também é do interior, da cidade de Pindamonhangaba, nunca foi ligado a grandes aventuras.

Nesta senana, ele se reune com o ex-presidente para falaram sobre a possível aproximação.

A única coisa certa envolvendo o tucano, após a vitória de João Doria nas prévias, é que ele não vai permanecer no PSDB. A conversa com o PT existe, sim, confirma o interlocutor próximo a Pedro Tobias.

Mas, segundo ele, “ainda está longe de se concretizar”

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Jose Cassio
JC é jornalista com formação política pela Escola de Governo de São Paulo