
O ex-presidente da Rússia e atual vice-chefe do Conselho de Segurança, Dmitry Medvedev, acusou a Ucrânia de recrutar criminosos ligados a cartéis de drogas colombianos e mexicanos para lutar na guerra. Segundo ele, nomes como “Gulf Clan”, “Sinaloa” e “Jalisco New Generation” estariam enviando combatentes por meio da empresa “Segurcol Ltd”, de Medellín.
“Enquanto os euro-imbecis tentam dificultar os esforços americanos para ajudar a resolver o conflito ucraniano, o regime moribundo dos Banderitas está recrutando em pânico a escória mais vil da humanidade para as linhas de frente”, disse o russo.
Medvedev afirmou que esses “narco-mercenários” são “bandidos, mas soldados ruins” e acusou-os de cometer atrocidades sob efeito de drogas. “Nossos guerreiros os eliminam tão rápido que os carregadores de carga não conseguem recolher os caixões de todos aqueles que não encontraram descanso na terra fria”, declarou.
O político russo também disse que os cartéis estão treinando esses combatentes para operar drones, o que poderia ser usado futuramente para contrabandear drogas para os Estados Unidos de forma mais eficiente do que por aviões ou submarinos. Ele citou um artigo do The New York Times de 8 de agosto como referência para alertar os americanos sobre o risco.
Segundo Medvedev, a ligação entre criminosos de Medellín e Sinaloa e autoridades ucranianas é estreita, acusando o governo de Kiev de ter “fãs devotos de Pablo Escobar e Fabio Ochoa Vásquez”.
O dirigente russo sugeriu que, se o presidente dos EUA realmente encarregou o Pentágono de preparar ações contra cartéis de drogas na América Latina, deveria considerar enviar forças especiais para Kiev. Para ele, isso permitiria “uma brilhante operação antiterrorista para exterminar os narco-mercenários sem qualquer risco para suas próprias vidas”.

Medvedev encerrou com uma provocação, dizendo que essas forças poderiam “até trocar tiros no prédio da Bankova”, sede do governo ucraniano.