Membros de grupo de elite dos EUA morrem em operação contra Irã e Houthis

Atualizado em 15 de janeiro de 2024 às 19:09
Membro dos SEALs. Foto: reprodução

Dois membros da tropa de elite da Marinha dos Estados Unidos, conhecida como SEALs, desapareceram durante uma operação no Mar Vermelho, desencadeando uma intensa operação de busca e resgate. Os SEALs, grupo matou o terrorista Osama Bin Laden em 2011, estavam envolvidos em uma missão que visava impedir o envio de armas iranianas para o grupo rebelde Houthi no Iêmen, conforme informações de autoridades dos EUA.

Segundo o The Washington Post, a operação, que ocorreu na semana passada próximo à Somália, tinha o objetivo de abordar navios suspeitos em busca de armas destinadas aos houthis. Durante o embarque em um navio no Golfo de Áden em condições marítimas adversas, um dos militares escorregou de uma escada, levando o outro a mergulhar para ajudá-lo. Não está claro se outros membros da equipe conseguiram embarcar com sucesso ou se armas iranianas foram encontradas.

Na segunda-feira (1°), o navio de guerra iraniano “Alborz”, parte da 94ª flotilha da Marinha iraniana, adentrou o Mar Vermelho, em um momento marcado pelo aumento das tensões na rota marítima estratégica.

Operações desse tipo são consideradas entre as mais difíceis e perigosas no meio militar, envolvendo a abordagem de embarcações suspeitas em mares agitados e hostis. As autoridades informaram que as buscas estão em andamento, enfrentando desafios como a água quente da região, ondas fortes e a fadiga dos militares.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, afirmou que a ação faz parte dos esforços contínuos dos militares estadunidenses para interromper o fluxo de armas do Irã para os houthis no Iêmen. Ele destacou a distinção entre essa operação e os ataques aéreos liderados pelos EUA contra os houthis.

O destróier iraniano Alborz. (Foto: Reprodução)

O desaparecimento dos SEALs destaca os desafios enfrentados pelos EUA e seus aliados ao responsabilizar os houthis e o Irã por ataques a embarcações no Mar Vermelho. Autoridades dos Estados Unidos culpam Teerã por “ajudar e incentivar” a crise na região, alegando que os houthis não teriam capacidade de ameaçar a rota marítima sem o apoio do Irã.

Os ataques aéreos recentes no Iêmen, realizados por EUA e Reino Unido, visaram instalações houthi, mas o Pentágono destaca que o grupo continua representando uma ameaça. O governo Biden não descarta futuras ações militares, mas busca evitar uma escalada da violência na região.

Antes das recentes tensões, a presença militar dos EUA na região já visava conter a pirataria e o tráfico de armas, em colaboração com outros países. O desaparecimento dos SEALs destaca os riscos associados a essas operações delicadas em um ambiente geopolítico volátil.

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