
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça fez um alerta a colegas da Corte e ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), após a inclusão do pastor Silas Malafaia no inquérito da Polícia Federal (PF) que investiga Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro e o ex-apresentador da Jovem Pan Paulo Figueiredo, conforme informações da colunista Bela Megale, do Globo.
De acordo com relatos, Mendonça procurou ministros como o decano Gilmar Mendes para apontar que a medida pode acirrar os ânimos e colocar parte significativa do eleitorado evangélico contra o STF.
O magistrado, que é pastor presbiteriano, também conversou com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), para tentar reduzir a tensão e pacificar o clima após a decisão.

Segundo o relator, Alexandre de Moraes, essas ações visam interferir no processo em que Bolsonaro é réu por tentativa de golpe. Procurado, o pastor reagiu com ataques a Moraes, chamando-o de “ditador” e “criminoso por rasgar a Constituição”.
“Eu não tenho medo dele, não tenho medo de ser preso e dessa covardia que já aconteceu em países como a Nicarágua, contra religiosos católicos; acontece na China e nas nações islâmicas radicais. O Brasil é um país com 90% de cristãos, com 30% de evangélicos. Ele está mexendo em casa de marimbondo”, disse.
Nas redes sociais, o pastor bolsonarista também criticou o que chamou de vazamento seletivo e acusou a Polícia Federal de atuar politicamente a serviço do presidente Lula (PT) e do ministro Alexandre de Moraes.
SILAS MALAFAIA! Investigado pela Polícia Federal. pic.twitter.com/Z6Y3QXsQ7R
— Silas Malafaia (@PastorMalafaia) August 15, 2025