Mercadante diz que não pretende emprestar dinheiro à Venezuela e que o tema “nunca foi relevante”

Atualizado em 13 de fevereiro de 2023 às 19:20
O presidente do BNDES Aloizio Mercadante. Foto: Reprodução

Aloizio Mercadante diz que o Brasil não tem planos para fazer empréstimos para a Venezuela e que a discussão virou um “assunto ideológico”. O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) ainda diz que o assunto “nunca foi relevante” diante da porcentagem do financiamento de serviços no exterior.

“Você pode ter uma renegociação de dívida, mas você não faz um financiamento para quem está inadimplente. Nunca foi mais do que 1,3% o desembolso do BNDES para o financiamento de serviços no exterior. Nunca foi relevante. Parece que é o centro do BNDES, mas é um problema completamente marginal diante do que são os volumes que o BNDES empresta”, afirmou Mercadante ao UOL Entrevista.

O presidente do banco diz que a Venezuela tem uma dívida vencida de US% 900 milhões com o Brasil e uma dívida a vencer de US$ 172 milhões. Os valores são de responsabilidade da União e não do BNDES, segundo Mercadante.

“Ao BNDES ela não deve nada porque nós tínhamos um fundo garantidor. Isso é um problema do governo federal e do governo venezuelano”, prosseguiu.

Mercadante ainda diz que há espaço para reduzir a taxa de juros no Brasil, mas que é necessário “discutir qual o ritmo, o prazo que isso vai acontecer”. “O que me interessa, como presidente de um banco público, é que essa taxa favoreça os empréstimos, que a gente alavanque os créditos e alivie a pressão para as empresas”, aponta.

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