Mercadante lamenta a morte de Cerqueira Leite: “A ciência brasileira ficará carente”

Atualizado em 1 de dezembro de 2024 às 10:32
Rogério Cesar Cerqueira Leite. Foto: Divulgação

Por Aloizio Mercadante, presidente do BNDES

É com profunda tristeza que recebo a informação sobre a morte do professor e amigo Rogério Cézar Cerqueira Leite, um dos mais importantes cientistas do País. Doutor em Física pela Universidade de Paris, Cerqueira Leite deixa um legado para o desenvolvimento científico nacional, especialmente na Unicamp, onde dirigiu o Instituto de Física e criou o Departamento de Física do Estado Sólido, além de ter implementado o Departamento de Música e o Instituto de Arte.

Não poderia deixar de mencionar que, junto com Cerqueira Leite, ainda no governo do Dilma, trabalhamos pela construção e implantação do projeto Sirius, do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP), onde está o acelerador de partículas com o maior brilho do mundo.

Este ano, estive novamente no CNPEM, desta vez com o presidente Lula, para o lançamento da pedra fundamental do Projeto Orion – complexo laboratorial de pesquisas avançadas em patógenos, com instalações inéditas no mundo. Com a saúde já debilitada, o professor Cerqueira Leite não pode estar presente, mas foi justamente homenageada pela imensa contribuição que deu para todo o projeto.

Sem o professor Cerqueira Leite, a ciência brasileira ficará carente de uma uma figura fundamental, que além da contribuição intelectual, tinha profundo compromisso com a soberania nacional e com a democracia. Neste momento de dor, deixo meu abraço fraterno a todos os familiares, amigos e alunos do professor Rogério Cerqueira Leite.

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