No primeiro Relatório Focus deste ano, cerca de 150 analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central reduziram a estimativa de inflação para 2024 pela segunda semana consecutiva.
De acordo com o levantamento divulgado nesta terça-feira (2), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – que mede a inflação do país – deve terminar este ano em 3,90%. O número permanece dentro do limite superior da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 4,5%.
A previsão para o fechamento da inflação de 2023 é de 4,46%, mesmo número da semana passada. Nesse contexto, o IPCA do ano passado também se manterá em conformidade com a meta estabelecida pelo CMN, fixada em 3,25%.
Dado o intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta será cumprida se a inflação ficar entre 1,75% e 4,75%. Para 2025, a estimativa do Focus para o IPCA é de 3,5%.
Os analistas também ajustaram suas projeções para o câmbio, com a expectativa de que o dólar alcance R$ 5,03 em 2025.
Para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, a previsão permanece estável, com um crescimento de 2,92%. Já para 2024, estima-se um avanço de 1,52%. Em 2025, está em 2%.
No terceiro trimestre do ano passado, a economia brasileira desacelerou, mas surpreendeu ao registrar uma leve alta de 0,1%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Especialistas e o governo federal projetam um crescimento em torno de 3% do PIB neste ano.
Em relação à taxa básica de juros, a Selic, o mercado financeiro manteve a estimativa de 9% ao ano para o fim de 2024. Para 2025, a projeção é de 8,5% ao ano.
Durante a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), no início de dezembro, a Selic foi reduzida em 0,05 ponto percentual, fechando 2023 em 11,75% ao ano.