A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) na última sexta-feira (19) para que a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, seja notificada a dar explicações sobre uma declaração que a vinculou a “roubo de joias”, “rachadinha” e “golpe de Estado”.
Na semana passada, Gleisi usou o X, antigo Twitter, para alfinetar a família Bolsonaro: “Mais um negócio de família! Os Bolsonaros vão se lançar em peso para o Senado: Michele, Eduardo, Flávio e até o Carlos”, escreveu a petista.
“Depois de roubar joias para pagar suas contas, fazer rachadinhas pra comprar imóveis, tentar golpe pra se manterem no poder, vão atacar a política com estratégia familiar. Para eles o q importa é isso, se garantirem. Não é sobre Deus, Pátria e Família é só a própria, com muito dinheiro e poder”.
Mais um negócio de família! Os Bolsonaros vão se lançar em peso para o Senado: Michele, Eduardo, Flavio e até o Carlos. Depois de roubar jóias para pagar suas contas, fazer rachadinhas pra comprar imóveis, tentar golpe pra se manterem no poder, vão atacar a política com…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) July 10, 2024
Na solicitação ao STF, os advogados de Michelle afirmam que Gleisi “tenta, de forma ardilosa, associar Michelle Bolsonaro a graves atos como ‘roubo de joias’, ‘rachadinhas’ e ‘golpe de estado’, visando descredibilizá-la publicamente e manchar sua honra”.
“É imprescindível que a interpelada [Gleisi] apresente as explicações ora requeridas para possibilitar que a interpelante [Michelle] averigue efetiva autoria e materialidade dos delitos de calúnia e difamação que, por ora, são apenas cogitados”, afirma a defesa.
Os advogados ressaltam que o pedido de explicações, cujo objetivo é esclarecer declarações equivocadas, ambíguas ou dúbias, “é crucial para a correta delimitação do alcance objetivo e subjetivo de uma futura queixa-crime”.
Vale destacar que Michelle chegou a ser investigada na apuração sobre um possível esquema de desvio de joias da Presidência da República, mas não foi incluída na lista de indiciados pela Polícia Federal (PF). Já seu marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi indiciado por peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
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