
Durante evento do PL Mulher em Rio Verde, Goiás, neste sábado (11), Michelle Bolsonaro fez duros ataques ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e à primeira-dama Rosângela da Silva, Janja. A ex-primeira-dama chamou o casal de “casalzinho que demoniza Israel” e se referiu à esquerda como “maldita” e “ordinária”. O encontro faz parte da série de eventos estaduais da ala feminina do Partido Liberal.
Michelle acusou o governo de “promover destruição” e criticou a política econômica da gestão petista. “O Lula é um gastador de primeira. Mexe no prato da família, no arroz, no feijão, na proteína daqueles que mais precisam”, disse. Ela afirmou ainda que o presidente deveria seguir o exemplo do ex-presidente uruguaio José Pepe Mujica, a quem chamou de “socialista raiz”, contrastando com o que classificou como “luxo às custas do contribuinte” no atual governo.
A ex-primeira-dama também defendeu Jair Bolsonaro, em prisão domiciliar há mais de dois meses, e afirmou que ele é vítima do sistema. “Ele continua sendo o único líder da direita candidato à Presidência. Eleição sem Jair Bolsonaro não existe”, declarou, mesmo com o ex-presidente inelegível até 2030 por decisão do TSE. Segundo Michelle, o marido deve manter a “cabeça erguida” e “se aproximar de Deus”.
No discurso, Michelle associou sua fé ao atentado de 2018 contra Bolsonaro e disse que “a direita não mata seus opositores”, responsabilizando a esquerda pela violência política. “Muitas mentiras e escândalos ainda vão aparecer, porque a extrema-esquerda é ordinária, maltrata, persegue e difama”, afirmou, sendo aplaudida por apoiadores.
A líder do PL Mulher também aproveitou o evento para criticar o feminismo e exaltar o papel das mulheres no partido. “Quem demoniza a figura masculina são as feministas. Nós somos mulheres femininas que queremos trabalhar em conjunto, amamos nossos maridos e nossas famílias”, declarou. Apesar de ser um evento da ala feminina, havia mais homens do que mulheres nas cadeiras de destaque do palco.
Durante o encontro, Michelle recebeu o título de cidadã honorária de Goiás, aprovado em 2023 pela Assembleia Legislativa e sancionado pelo governador Ronaldo Caiado (União Brasil). O projeto foi proposto pelo então deputado estadual Fred Rodrigues, atual vice-presidente do PL goiano. A ex-primeira-dama tem usado as viagens pelo país para reforçar sua projeção política e se aproximar do eleitorado conservador evangélico, mirando as eleições de 2026.