
A presença de Michelle Bolsonaro na manifestação do 7 de Setembro, marcada para este domingo na avenida Paulista, ainda não está confirmada. A ex-primeira-dama disse a aliados que sua participação dependerá das condições de saúde do ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar.
“Se tudo estiver bem, ela irá”, afirmou um interlocutor da ex-primeira-dama ao Estadão. A avenida Paulista, que desde o governo passado se consolidou como palco de protestos contra o Supremo Tribunal Federal (STF), deve concentrar bolsonaristas contra o julgamento dos réus da trama golpista.
A saúde de Bolsonaro é tratada com preocupação por aliados e familiares. O coronel Ricardo Augusto de Mello Araújo (PL), vice-prefeito de São Paulo, afirmou que o ex-presidente está “triste, abatido e perdeu 3 kg” desde o início da prisão domiciliar. O vereador Carlos Bolsonaro (PL) disse que “o velho não está bem e depende de medicações”.
Michelle já teria definido que, caso participe de algum evento público no dia da Independência, será em São Paulo. Além disso, mesmo que não compareça pessoalmente, pretende enviar um áudio em nome do marido para ser reproduzido em todas as capitais onde houver manifestações da direita.

Parlamentares do PL organizaram os atos de forma escalonada: manifestações nas principais capitais pela manhã e a concentração na Paulista apenas à tarde. A ideia é permitir que lideranças bolsonaristas possam comparecer a mais de um ato no mesmo dia, reforçando a presença em São Paulo.
A participação de Michelle ganhou ainda mais importância: sem o ex-presidente, ela é vista como a principal “estrela” do ato em São Paulo.
A expectativa é de que a manifestação na Paulista seja a maior entre todas as programadas, funcionando como termômetro da força política do bolsonarismo.