Cerca de 29 mil mulheres entraram no Partido Liberal (PL) desde o início da campanha de filiação online do partido, há seis meses. O número representa quase 8% da representação feminina estimada na legenda, atualmente em 371,8 mil.
O avanço é atribuído à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que tem sido preparada como uma espécie de “plano B”, destinada a herdar o capital político do marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro (inelegível até 2030).
Desde que assumiu a presidência do PL Mulher, há um ano, Michelle já visitou 20 capitais e tem compromissos marcados em outras sete até maio.
A partir da segunda quinzena deste mês, a ex-primeira-dama começará a gravar vídeos de apoio para candidatos a prefeito. O primeiro da lista é o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que busca a reeleição.
Segundo o Estadão, a incursão de Michelle na política acendeu um alerta no Palácio do Planalto. Diante disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vem tentando se aproximar dos evangélicos – segmento liderado pelos bolsonaristas.
“Bolsonaro acha que ela deve sair a senadora. Hoje, o casal pensa assim, mas, daqui a dois anos, tudo pode mudar”, disse o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
Nos eventos do PL Mulher, Michelle conduz treinamentos motivacionais para candidatas a prefeituras e Câmaras Municipais, promove filiações e ataca Lula. A estratégia para atrair simpatizantes do ex-presidente ocorre praticamente todos os fins de semana.
Até outubro, quando ocorrerá o primeiro turno das eleições municipais, Michelle visitará 150 cidades. “Todo o nosso pessoal que é candidato quer que ela passe no seu município”, disse Costa Neto.
Uma pesquisa encomendada pelo PP ao instituto Paraná Pesquisas no mês passado indicou qual seria o potencial de Michelle em um confronto com Lula. De acordo com o levantamento, se as eleições fossem hoje, a ex-primeira-dama estaria em um empate técnico com o presidente, caso tivesse o apoio de Bolsonaro.
Em um cenário onde os entrevistados escolhem entre alguns nomes apresentados, Lula tem 44,5% das intenções de voto e Michelle 43,4%. Ela supera até mesmo o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que, com o apoio do ex-presidente, chega a 40,8%.
Até o momento, Tarcísio é o nome mais mencionado por aliados de Bolsonaro para a corrida presidencial em 2026.
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