
O recém-eleito presidente da Argentina, Javier Milei, revelou planos de privatizar a empresa estatal de petróleo YPF, as empresas públicas de comunicação e confirmou a intenção de fechar o Banco Central do país.
Em suas primeiras declarações após a vitória nas urnas, Milei enfatizou a transferência para o setor privado do que for possível, delineando os primeiros passos para o futuro governo.
Privatização da YPF e TV pública
Milei destacou a privatização da YPF, uma empresa estatal de exploração de petróleo e gás natural, e da TV Pública.
Ele expressou a necessidade de reconstruir a YPF após anos de deterioração, visando criar valor para uma venda benéfica aos argentinos.
“Na transição que estamos pensando na questão energética, a YPF e a Enarsa têm um papel. Desde que essas estruturas sejam racionalizadas, elas serão colocadas para criar valor para que possam ser vendidas de uma forma muito benéfica para os argentinos”, disse.

Fim do Banco Central e contenção de juros
Economista de formação, Milei reafirmou a promessa de fechar o Banco Central e dolarizar a economia para equilibrar as finanças do país. Ele enfatizou a necessidade moral de fechar o banco central, visando a escolha da moeda pelos indivíduos.
“Fechar o banco central é uma obrigação moral. Dolarizar (a economia) é para tirar o banco central de cima. Nós propomos que a moeda seja escolhida pelos indivíduos”, afirmou.
O atual mandatário argentino também propôs suspender a emissão de moeda como medida para conter a inflação, estimando um período de 18 a 24 meses para alcançar a estabilidade.
Ministro anunciado e estrutura de governo
Milei antecipou parte de seu gabinete, que terá apenas oito ministérios. Anunciou Mariano Cúneo Libarona como ministro da Justiça e Carolina Píparo como chefe da Administração Nacional da Seguridade Social (Anses).
“Vamos surpreender com a equipe que estamos montando. Estamos juntando especialistas de vários espaços, mas com a convicção de mudar a Argentina rumo às ideias de liberdade. Os mais talentosos vão ficar lá dentro, não importa de onde venham, o que importa é resolver os problemas dos argentinos”, anunciou.
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