
O presidente argentino Javier Milei foi retirado às pressas de uma carreata nesta quarta-feira (27) depois que manifestantes lançaram pedras e garrafas contra o veículo onde ele estava, segundo a imprensa local. Um porta-voz informou que ninguém ficou ferido.
O ato fazia parte de uma mobilização do partido A Liberdade Avança em Lomas de Zamora, ao sul da capital. Milei estava acompanhado do deputado José Luis Espert.
Vídeos divulgados nas redes sociais mostram o presidente acenando da caçamba de uma picape quando começa a confusão. Em outras imagens, Espert aparece deixando o local em uma moto, sem capacete.
De acordo com o jornal Clarín, o evento foi suspenso por questões de segurança após agressões e insultos atribuídos a militantes opositores. Houve confronto entre apoiadores e adversários de Milei.
Em entrevista à emissora TN, Espert acusou simpatizantes da ex-presidente Cristina Kirchner de iniciar os ataques e disse que uma fotógrafa da campanha foi atingida por uma pedra.
“Percorremos vários quarteirões em paz e, de repente, pedras caíram muito perto do presidente”, relatou.
Milei fue a Lomas y LE TIRARON PIEDRAZOS, ya vemos por que no quiso recorrer nuestro país en un año y medio che pic.twitter.com/rbsafgG2XV
— TUGO News (@TugoNews) August 27, 2025
Escândalo de corrupção envolve irmã de Milei e ameaça governo argentino
A presidência de Javier Milei enfrenta forte abalo após denúncias de um esquema de propinas na Agência Nacional de Deficiência (Andis). A Justiça investiga Karina Milei, secretária-geral da Presidência e principal assessora do presidente, além do subsecretário Eduardo “Lule” Menem, acusados de se beneficiar do esquema.
As suspeitas surgiram após o vazamento de áudios atribuídos ao ex-diretor do órgão, Diego Spagnuolo. Nas gravações, ele relata cobrança de até 8% sobre o faturamento de indústrias farmacêuticas para garantir contratos de fornecimento de medicamentos à rede pública.
O caso veio à público na quarta-feira (20), quando um canal de streaming divulgou os áudios. Neles, Spagnuolo acusa diretamente Karina Milei e “Lule” Menem de comandar as irregularidades. Ele também afirma possuir provas que ligariam Karina à operação.
“Estão roubando. Você pode fingir que não sabe, mas não joguem esse problema para mim. Tenho todos os WhatsApp de Karina”, diz um dos trechos.