Publicado originalmente no site Brasil de Fato
POR CRISTIANE SAMPAIO
Em clima de Natal e solidariedade, o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) distribui quentinhas, na tarde desta quinta-feira (24), pela região do Brás, em São Paulo (SP). De caráter simbólico, a ação mira o atendimento a 50 pessoas que vivem em situação de rua no local. O dirigente David Zamory, da representação da entidade no estado, conta que a iniciativa se comunica com a luta contra o aumento da fome, um mal que se multiplica pelo país na esteira da crise socioeconômica.
“Existe uma solidariedade que a gente chama de ‘empresarial’, que tem um objetivo mais assistencialista ou de promover marcas. O nosso objetivo, não. O nosso é criar laços de solidariedade, e foi a partir desses laços que foram criados neste processo que a gente decidiu fazer mais esta ação agora”, afirma o dirigente, ao resgatar as múltiplas iniciativas de doação ao próximo por parte do movimento ao longo deste inesperado 2020.
Ao todo, o MST doou 3.800 toneladas de alimentos produzidos de forma sustentável e distribuiu 700 mil marmitas nas diferentes regiões desde que a pandemia se anunciou em território nacional. Ele conta que, desta vez, a entidade tem a parceria da Rede Rua, que ajuda nos fluxos e contatos com a população-alvo da ação, e também do Armazém do Campo. Este último ingressou na corrente por meio do fornecimento dos produtos utilizados nas quentinhas.
“Esta última semana do ano geralmente tem poucas ações nesse sentido. As pessoas esquecem um pouco porque estão se confraternizando, então, a ideia é fazer isto agora, continuar construindo esses laços entre a classe trabalhadora porque a gente sabe que só com essa unidade que a gente vai conseguir mudar essa situação (3:26)”, incentiva Zamory.
Por fim, ele antecipa que o movimento já trabalha a ideia de uma nova ação em 31 de dezembro, na mesma região de São Paulo. A proposta é se associar a motoristas de aplicativo para entregar as refeições pelas ruas. A combinação lembra, inclusive, a luta do segmento, que se sobressaiu este ano por meio de uma movimentação organizada e pulverizada que rendeu a primeira greve nacional da categoria em busca de direitos.
“A ideia de fazer ação conjunta é fortalecer esses vínculos e, com isso, fortalecer a luta de todos os trabalhadores”, encerra David Zamory.
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