Militantes do PCO agridem mulheres em ato do Dia da Mulher em SP

Atualizado em 10 de março de 2024 às 12:46
Militante do PCO dá bandeirada em outra mulher durante a marcha de 8 de março na capital paulista | Foto: Daniel Arroyo / Ponte

Durante a manifestação do Dia Internacional da Mulher em São Paulo, nesta sexta-feira (8/3), que teve como principais bandeiras a luta contra a violência de gênero e a legalização do aborto, incidentes de violência envolvendo militantes do Partido Comunista Operário (PCO) marcaram o evento.

Apesar da forte chuva, centenas de mulheres reuniram-se na Avenida Paulista, caminhando do Museu de Arte de São Paulo (Masp) até a Praça Roosevelt, em um ato que reforçou a urgência de se politizar a data e destacar a luta feminina por direitos fundamentais.

No entanto, a manifestação foi interrompida por momentos de tensão e agressão perpetrados por integrantes do PCO, relata a Ponte Jornalismo. Inicialmente, houve um impasse quando os seguidores de Rui Costa Pimenta, o chefão, tentaram, sem sucesso, fazer uso do carro de som, apesar de não fazerem parte da organização do evento.

A situação escalou quando, conforme reportado por Pimenta, via X (antigo Twitter), o partido não foi convidado para participar da organização, e Luka Franca, secretária estadual do Movimento Negro Unificado (MNU) em São Paulo, relatou no X que os militantes do PCO tentaram “bater na coordenação” do veículo.

A Polícia Militar interveio para separar os grupos após um confronto físico iniciar-se. Posteriormente, os organizadores do protesto formaram um cordão de isolamento para barrar a aproximação dos membros do PCO, que alegavam que um de seus instrumentos musicais havia sido tomado por um manifestante.

A tensão entre os grupos persistiu ao longo do percurso, culminando na agressão de uma mulher por uma militante do PCO com o mastro de uma bandeira, além do uso de cassetetes pela polícia contra membros do partido.