Militar dos EUA morre após atear fogo em si mesmo em frente à embaixada de Israel

Atualizado em 26 de fevereiro de 2024 às 19:47
Aaron Bushnell no momento que ateava fogo a si mesmo em Washington em protesto contra o genocídio em Gaza

Um membro da Força Aérea dos Estados Unidos morreu depois de atear fogo a si mesmo em frente à embaixada de Israel em Washington. O homem foi identificado pela polícia como Aaron Bushnell, de 25 anos, de San Antonio, Texas.

Agentes do Serviço Secreto dos EUA extinguiram as chamas antes que ele fosse levado ao hospital na tarde de domingo (25). Antes de se auto-imolar, Bushnell afirmou que “não seria mais cúmplice do genocídio”.

Em um vídeo transmitido ao vivo em um site de streaming, Twitch, o homem se identificou e falou que estava “prestes a se envolver em um ato extremo de protesto”. Depois de se incendiar, gritou repetidamente “Palestina Livre”.

Nenhum funcionário da embaixada ficou ferido no incidente, disse uma porta-voz da embaixada.

O incidente aconteceu às 13h de domingo. Uma unidade de eliminação de bombas foi enviada ao local devido a preocupações sobre um veículo suspeito que poderia estar conectado ao indivíduo.

Posteriormente, foi revelado que nenhum material perigoso foi encontrado.

A polícia de Washington disse que estava trabalhando com o Serviço Secreto e o Departamento de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos para investigar o incidente.

Bushnell foi levado ao hospital em estado crítico.

A Força Aérea não quis confirmar detalhes do trabalho de Bushnell, citando políticas de notificação familiar.

Antes de se incendiar, Bushnell enviou e-mails a vários repórteres e sites de notícias de esquerda. “Hoje, planejo envolver-me num ato extremo de protesto contra o genocídio do povo palestino”, diz o e-mail, alertando que seria “altamente perturbador”.

Em meados de janeiro, 1,9 milhões de civis em Gaza foram deslocados no meio das operações militares de Israel, segundo as Nações Unidas, o que representa 85% da sua população.

Numa entrevista à CBS News no domingo, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, defendeu o massacre face às críticas internacionais, dizendo que a América estaria “fazendo muito mais” se tivesse sofrido tal ataque.

Não é a primeira vez que alguém se incendeia em frente a uma missão diplomática israelita nos EUA. Em dezembro, um manifestante autoimolou-se em frente ao consulado israelense no estado norte-americano da Geórgia. Uma bandeira palestina foi encontrada no local.

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