Militares orientaram terroristas a se refugiarem no Planalto, dizem golpistas presos

Atualizado em 11 de janeiro de 2023 às 12:11
Bolsonaristas sendopresos pela PMDF
Foto: Reprodução/Agência Brasil

Segundo os relatos de três militantes bolsonaristas que foram presos pela Polícia Civil, eles foram orientados a se “refugiarem” no Palácio do Planalto, a sede da Presidência, durante as invasões terroristas que vandalizaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília (DF), neste domingo (8).

Em uma das narrativas apresentadas, um homem do Distrito Federal contou aos investigadores ter ido na manifestação antidemocrática para “encontrar o seu pai”. Mas, ao se aproximar do Palácio do Planalto, segundo ele, começaram a estourar bombas de gás lacrimogêneo e, por isso, se refugiou ao lado dos bolsonaristas.

“Neste momento, chegaram a cavalaria da PM, a tropa de choque da PM e sobrevoava o local um helicóptero jogando bombas, e a única direção livre para o declarante, era a do Palácio do Planalto, onde havia militares do Exército que acenaram para os manifestantes, chamando-os para se abrigar no Palácio do Planalto”, contou ele, lembrando sobre os agentes que estavam ajudando bolsonaristas.

Um dos golpistas presos, que se identificou como um administrador, comentou ainda que “uma pessoa começou a organizar a saída” dos que estavam deitados, mas um “Policial do Choque não acatou essa ideia e disse que todos seriam presos”.

O segundo preso, que se designou como um empresário de Belo Horizonte, a capital de Minas Gerais, informou que, desde novembro, já estava em Brasília e que neste domingo a Polícia Militar aconselhou os terroristas a se abrigarem dentro do Planalto, para evitarem o gás lacrimogêneo.

“Estavam fora do Palácio do Planalto, que em determinado momento jogaram muito gás, que tentaram se abrigar em um local seguro, que a própria PMDF falou para os manifestantes entrarem no Palácio, a fim de se abrigar, que o declarante e outro manifestante subiram a rampa para se abrigar”, disse ele, que acatou as ordens dos PMs e se escondeu em um “local seguro”.

Já o terceiro preso, que se diz um corretor de seguros de Santa Catarina, também relatou que os militares do Exército conduziram os golpistas a “aguardarem ao lado do Palácio do Planalto” durante a disseminação de gás lacrimogêneo, mas que, diante da confusão, acabaram entrando no prédio.

Até então, segundo O Globo, os três golpistas, ouvidos pela Polícia Civil, confirmaram que, no momento em que os terroristas entraram nas instalações do Planalto, o vandalismo e as depredações já tinham sido praticadas e, os três, negaram ter destruído o patrimônio público.

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