Foto: Reprodução/Metrópoles
Em depoimento à Polícia Federal, o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, confirmou envolvimento do presidente Jair Bolsonaro (PL), no caso dos pastores. Segundo o ex-dirigente da pasta, o chefe do Executivo teria solicitado que ele recebesse os líderes religiosos. Os dois evangélicos são acusados de formarem um gabinete paralelo dentro do MEC.
Milton disse ainda que, apesar de Bolsonaro ter feito a solicitação, ele não pediu que houvesse um “tratamento privilegiado” a Arilton Moura e Gilmar Santos dentro do Ministério. Dentro da pasta, os acusados cuidavam de finanças, liberando verbas para prefeitos em troca de propina.
O depoimento do ex-ministro foi coletado nesta quinta-feira (31), e faz parte do inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que apura as suspeitas de tráfico de influência corrupção durante a gestão de Ribeiro. A Comissão de Educação do Senado, também nesta quinta, havia solicitado que o Milton comparecesse para prestar depoimento, mas o mesmo já tinha sido intimado pela PF.
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Milton Ribeiro diz que não participou da Comissão de Educação por não ser mais ministro
Na quarta-feira (30), o ex-ministro da Educação, por meio do MEC, informou que não participaria da seção da Comissão de Educação do Senado pois já não é mais o dirigente da pasta. A audiência trataria as possíveis irregularidades cometidas por ele e estava marcada para hoje.
“Informo a impossibilidade de seu comparecimento, tendo em vista a publicação do Decreto de 28 de março de 2022, em edição extra do Diário Oficial da União”, expressa parte do ofício assinado por Marcelo Mendonça, que é chefe da assessoria para assuntos parlamentares do MEC.