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O ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, preso nesta quarta-feira (22) por supostos crimes de tráfico de influência e corrupção durante seu comando da pasta, vai receber o salário de ministro por seis meses devido à quarentena imposta pela Comissão de Ética Pública da Presidência.
A decisão para a aplicação da quarentena ocorreu em 31 de maio, quando conselheiros do colegiado concluíram haver conflito de interesse em Milton Ribeiro exercer outra função na iniciativa privada por ter tido acesso a informações privilegiadas quando era ministro. Ribeiro já foi conselheiro da Comissão de Ética Pública.
O ex-ministro vai receber durante seis meses a mesma remuneração de quando ocupava o Ministério da Educação: R$ 39 mil.
A PF diz que Ribeiro cometeu “façanha criminosa” junto dos pastores Arilton Moura e Gilmar Santos, atuando no governo para a suposta prática de crimes contra a administração pública como corrupção passiva privilegiada, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência.
A corporação identificou transações financeiras suspeitas da esposa do ministro, Myriam Ribeiro, de um ex-assessor do Ministério da Educação Luciano Musse e do genro do pastor Arilton, Helder Bartolomeu. Musse e Bartolomeu também foram presos, suspeitos de terem recebido propina dentro do esquema de corrupção.