Ministério da Defesa reage a Barroso: “Irresponsável”

Atualizado em 24 de abril de 2022 às 23:02
Barroso aparece com as mãos unidas, usando trajes tradicionais do STF enquanto sorri sentado em uma cadeira.
Ministro falou durante uma hora para estudantes brasileiros que vivem na Alemanha. Foto: Nelson Jr./SCO/STF

O Ministério da Defesa do governo Bolsonaro (PL) reagiu às declarações do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso no evento Brazil Summit Europe e disse que as eleições “são questão de soberania e segurança nacional, portanto, do interesse de todos”.

Barroso disse durante o seminário neste domingo (24), organizado por estudantes brasileiros na Alemanha, que vê as Forças Armadas sendo orientadas para atacar o processo eleitoral. Ele enfatizou ainda que o Brasil é um dos países que vem testemunhando um populismo autoritário e relembrou episódios como desfile de tanques na Esplanada dos Ministérios.

“Um desfile de tanques é um episódio com intenção intimidatória. Ataques totalmente infundados e fraudulentos ao processo eleitoral. Desde 1996 não tem nenhum episódio de fraude. Eleições totalmente limpas, seguras. E agora se vai pretender usar as Forças Armadas para atacar. Gentilmente convidadas para participar do processo, estão sendo orientadas para atacar o processo e tentar desacreditá-lo”, afirmou.

Defesa rebate ministro

Em uma nota divulgada à população, o Ministério da Defesa afirmou que “As eleições são questão de soberania e segurança nacional, portanto, do interesse de todos” e que elas estão “calcadas em acurado estudo técnico realizado por uma equipe de especialistas, para aprimorar a segurança e a transparência do sistema eleitoral”

Além disso, a pasta reforçou que “Afirmar que as Forças Armadas foram orientadas a atacar o sistema eleitoral, ainda mais sem a apresentação de qualquer prova ou evidência de quem orientou ou como isso aconteceu, é irresponsável e constitui-se em ofensa grave a essas instituições nacionais permanentes do Estado brasileiro. Além disso, afeta a ética, a harmonia e o respeito entre as instituições.”

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