Ministério da Saúde aprova primeiro remédio para tratar casos leves de Covid-19 no SUS

Atualizado em 8 de maio de 2022 às 16:00

 Foto: JENNIFER LORENZINI / REUTERS

O uso no Sistema Único de Saúde (SUS) do primeiro remédio para casos leves de Covid-19 foi aprovado pelo Ministério da Saúde. Fabricado pela Pfizer e composto pelos medicamentos antivirais nirmatrelvir e ritonavir, é o Paxlovid. A pasta tem 180 dias para fornecer o remédio na rede pública.

O medicamento em questão não deverá ser usado em todos os pacientes. Ele será indicado para quadros leves e moderados, que não estejam hospitalizados nem precisem de oxigênio suplementar, mas com alto risco de complicações, caso de pessoas acima de 65 anos ou com sistema imunológico comprometido.

Será preciso ter um teste positivo para Covid-19, para poder usá-lo. Em até cinco dias após o início dos sintomas deve começar o tratamento. Serão ingeridos via oral os antivirais que compõem o tratamento. Para receber o medicamento, a pessoa pode estar vacinada ou não contra a doença.

Nirmatrelvir é uma molécula que inibe uma enzima importante do coronavírus, impedindo que ele se prolifere, segundo o Ministério da Saúde. Já o ritonavir inibe outra enzima que ataca o nirmatrelvir. também será feita uma reavaliação em até 12 meses sobre o uso do remédio, pela decisão tomada pela pasta.

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) recomendou a incorporação do remédio no SUS na última quinta-feira (05). A  medida foi aprovada pela Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde na sexta-feira (06_.

Por um período não superior a cinco dias, e mediante apresentação de receita médica, em março, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso emergencial do Paxlovid. Foi recomendado também evitar seu uso durante a gravidez, e em pacientes com insuficiência renal grave ou com falha renal.  O medicamento  já tinha sido autorizado pelas agências dos Estados Unidos, da União Europeia, do Canadá, da China, da Austrália, do Japão, do Reino Unido e do México, antes da Anvisa. E em abril, para casos graves, o Ministério da Saúde tinha incorporado o remédio baricitinibe.

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