Nesta quinta-feira (10), o deputado federal Elias Vaz (PSB) levou para o Supremo Tribunal Federal (STF) uma notícia-crime contra o general Paulo Sérgio Nogueira, ministro da Defesa, por ter promovido “especulações golpistas” com a divulgação do relatório de fiscalização das urnas.
O parlamentar solicita que o caso seja remetido à Procuradoria-Geral da República (PGR) e à Polícia Federal para investigações.
O documento validou a contagem oficial de votos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e permitiu mais críticas pelos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). Porém, um dia depois de confirmar os dados do TSE, a Defesa informou não ter excluído a possibilidade de fraude, intensificando ataques e aumentando as declarações golpistas contra as urnas.
Bolsonaro, em diversas ocasiões, se recusou a declarar que confiava nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral.
Elias Vaz disse que o documento não se trata de um “fato isolado”. “Faz parte de um processo que se retroalimenta, orquestrado, organizado, com inúmeras ações milimetricamente pensadas com a única intenção de manter os manifestantes mobilizados e, quem sabe, reviver no Brasil as cenas tristes ocorridas nos Estados Unidos em 6 de janeiro de 2021, um ataque violento à democracia”, escreveu no documento, assinado pelo advogado Rogério Paz Lima.
“Não é necessário grande esforço exegético para se verificar que a conduta do representado em colocar em dúvida a lisura do processo eleitoral, estimular a realização dos movimentos antidemocráticos, incentivar ações que buscam a ruptura da ordem constitucional e da lei”, encerrou.
Segundo o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, o documento divulgado pelas Forças Armadas no mesmo dia em que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi ao TSE comprovou a transparência da apuração dos votos.