Ministro da Justiça de Bolsonaro será secretário de Segurança Pública do DF

Atualizado em 26 de dezembro de 2022 às 14:34
O ministro da Justiça, Anderson Torres (União) e o governador reeleito Ibaneis Rocha (MDB)
Foto: Reprodução/Lúcio Bernardo/Agência Brasília

Na manhã dessa segunda-feira (26), o governador reeleito Ibaneis Rocha (MDB) confirmou que o atual ministro da Justiça e Segurança Pública, o delegado Anderson Torres (União), irá chefiar a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) a partir do dia 2 de janeiro de 2023.

Torres volta à pasta após comandá-la pela maior parte do primeiro mandato de Ibaneis. Entre o início de 2019 e março de 2021, ele chefiou a SSP-DF, mas deixou o cargo para assumir uma função maior no governo federal. O antigo comando do delegado foi marcado por polêmicas.

Segundo a colunista Andreia Sadi, do G1, a solicitação para retornar à pasta partiu do próprio delegado, e causou reações em integrantes da equipe de transição do presidente eleito Lula (PT) e até de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Sabendo que Torres é considerado um “homem forte” de Bolsonaro, e a escolha ocorre em meio a implicações da segurança, é uma “decisão inesperada”.

O futuro ex-ministro tem sido criticado nos bastidores por integrantes do futuro governo, que consideram que, no comando do Ministério da Justiça, ele não tem atuado de forma dura contra os episódios de violência e terrorismo proporcionados por bolsonaristas.

Segundo Ibaneis, a nomeação de Torres ocorrerá um dia após a posse dos governos local e federal, em Brasília (DF), em meio a uma escalada de tensões.

A tensão em torno da posse de Lula aumentou após a prisão do empresário simpatizante do presidente Jair Bolsonaro (PL), suspeito de ter tentado explodir um caminhão de combustível em Brasília. O empresário bolsonarista confirmou o crime. 

Algumas pessoas em torno do petista e até mesmo outras autoridades do país temem novas tentativas de terrorismo. Diante disso, eles afirmam que aumenta a pressão para a desmobilização do acampamento dos manifestantes golpistas no QG do Exército, próximo ao local da posse.

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