O ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres pediu nesta quarta-feira (31) para a Polícia Federal investigar o site com o domínio “bolsonaro.com.br”, que viralizou após críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PL). O ministro diz que o pedido da abertura do inquérito é devido ao “tamanho ataque direto e grosseiro ao presidente” e que as publicações “configuram, em tese, crime contra a honra” de Bolsonaro.
“Diante de tamanho ataque direto e grosseiro ao presidente Jair Bolsonaro, por meio de um site, requisitei ao Diretor-Geral da PF a instauração imediata de inquérito policial, para a devida apuração dos fatos”, escreveu o ministro em seu perfil no Twitter.
Diante de tamanho ataque direto e grosseiro ao presidente @jairbolsonaro , por meio de um site, requisitei ao Diretor-Geral da PF a instauração imediata de inquérito policial, para a devida apuração dos fatos. pic.twitter.com/i13zgQePDv
— Anderson Torres (@andersongtorres) August 31, 2022
O site retrata Bolsonaro em diversas charges. Em uma delas, ele aparece vestido como o líder nazista Adolf Hitler. A página relembra casos de corrupção, como a investigação da prática de “rachadinha” no gabinete do senador Flávio Bolsonaro (PL), e a distribuição de verbas do Ministério da Educação a pastores. A página ainda conta com uma contagem regressiva para o fim da gestão de Bolsonaro, caso ele não seja reeleito.
O site era usado oficialmente pelo chefe do Executivo. Em uma das publicações mais antigas, de 2002, o portal divulgava a candidatura de Bolsonaro a deputado federal e seu apoio a Ciro Gomes para presidente.
De acordo com o jornal O Globo, a plataforma de checagem Who.is avalia que a página teve sua última alteração registrada dia 11 de agosto, e continua linkada ao blog Família Bolsonaro. Em 2018, Bolsonaro usou o espaço para pedir votos e depois para celebrar sua eleição à Presidência.