
O ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, elogiou a atuação de militares que promoveram massacre contra palestinos que buscavam comida nesta quinta (29) e defendeu o fim do envio de ajuda humanitária à população de Gaza. Ele é conhecido como um dos membros mais radicais do gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
“Deve ser dado apoio total aos nossos heroicos combatentes que operam em Gaza, que agiram de forma excelente contra uma multidão de Gaza que tentou prejudicá-los”, afirmou Ben-Gvir por meio do X (ex-Twitter) após o massacre que deixou ao menos 104 mortos e 760 feridos.
Ele pede o fim do envio de ajuda humanitária a palestinos desde o início do conflito e já defendeu que Israel bloqueasse todo auxílio a Gaza até que o Hamas fosse considerado derrotado. Após o novo massacre, ele afirmou que é uma “loucura” permitir a entrada de suprimentos.
“Hoje ficou provado que a transferência de ajuda humanitária para Gaza não é apenas uma loucura enquanto os nossos raptados estão detidos na Faixa em condições precárias, mas também põe em perigo os soldados das FDI [Forças de Defesa de Israel, como são chamadas localmente as Forças Armadas do país]”, prosseguiu, alegando que o envio de ajuda humanitária serve para “dar oxigênio ao Hamas”.
Ben-Gvir é conhecido por ter ligação com o partido extremista Kach, considerado terrorista pelos Estados Unidos e banido de Israel década de 1990.
יש להעניק גיבוי מוחלט ללוחמינו הגיבורים הפועלים בעזה, שפעלו מצוין מול המון עזתי שניסה לפגוע בהם. היום הוכח שהעברת הסיוע ההומניטרי לעזה היא לא רק טירוף בשעה שחטופינו מוחזקים ברצועה בתת תנאים, אלא גם מסכנת את חיילי צה"ל. זו עוד סיבה מובהקת לכך שחייבים להפסיק להעביר את הסיוע הזה,…
— איתמר בן גביר (@itamarbengvir) February 29, 2024
Os Estados Unidos pediram “respostas” de Israel após o massacre. O porta-voz do Departamento de Estado do país, Matthew Miller, afirmou que o governo americano vai exigir que os israelenses autorizem pontos de acesso e “uma distribuição segura e com garantias dessa ajuda em toda a Faixa de Gaza”.
Militares israelenses alegaram que dispararam contra os palestinos em resposta a “uma ameaça representada pela multidão” e um porta-voz do governo israelense sugeriu que as vítimas teriam sido mortas pelos caminhões que levavam ajuda humanitária, que teriam colidido com a multidão após os disparos.
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