Ministros do STF avaliam que Trump prepara fuga de Bolsonaro para os EUA

Atualizado em 10 de julho de 2025 às 8:38
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Foto: Reprodução

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliam que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está criando condições para que Jair Bolsonaro (PL) fuja do Brasil e peça asilo político, conforme informações da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.

A percepção se intensificou após sucessivas declarações do republicano classificando o ex-presidente brasileiro como “alvo de perseguição”. Segundo integrantes do STF, aliados de Bolsonaro relataram que ele está “em pânico” com a possibilidade de ser preso.

O histórico de declarações sobre fuga, além do gesto do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), ao se dizer “em exílio” nos EUA, reforça a tese de que Trump pode estar pavimentando um caminho para acolhê-lo.

Nos últimos dias, Trump tem publicado mensagens em defesa de Bolsonaro nas redes sociais, sugerindo perseguição. “Deixem o grande ex-presidente do Brasil em paz. CAÇA ÀS BRUXAS!!!”, escreveu o americano na quarta-feira (10).

Três dias antes, o norte-americano afirmou que Bolsonaro “não é culpado de nada, exceto por ter lutado pelo povo”.

Em carta enviada ao presidente Lula (PT), Trump — que impôs sobretaxas de 50% ao Brasil citando a suposta perseguição ao ex-capitão — classificou o processo contra Bolsonaro como “vergonha interna” e disse que “tem que acabar IMEDIATAMENTE!”.

Sinais de fuga

Para o STF, o ex-presidente já deu sinais concretos de que cogita fugir da Justiça brasileira. O primeiro deles foi a viagem que fez aos EUA no fim de 2022, depois de um “pressentimento” de que poderia ter algum problema no Brasil, como já admitiu, após a derrota nas eleições para Lula.

Em 2024, após ser indiciado por tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa, e ter seu passaporte apreendido, Bolsonaro chegou a ficar 48 horas na embaixada da Hungria, governada pelo ultradireitista Viktor Orbán.