Ministros impugnaram a candidatura de um homem que revolucionou o país. Por Ana Cañas

Atualizado em 1 de setembro de 2018 às 11:05
Ana Cañas, Lula e Manuela (Foto: Reprodução/Instagram)

Publicado originalmente no Instagram da autora

POR ANA CAÑAS, cantora

43% da população brasileira deseja votar nele. Quase metade do país.

Mas um grupo de sete ministros do TSE, excluindo apenas um – Edson Fachin, que reconheceu a força da indicação do comitê dos Direitos Humanos da ONU, deslumbrados pelo circo midiático em torno de seus nomes, impugnaram hoje a candidatura de um homem que revolucionou a história desse país.

Na mesma semana em que esse mesmo poder negociou o aumento nos já indecentes salários de ministros e juízes em 16,4% e sancionou a criminosa terceirização dos contratos de trabalho, agora acabam de vez com a democracia.

Me pergunto todos os dias: por que Aécio Neves não está preso?

Por que Serra, o presidenciável Alckmin ou Renan Calheiros, com tantas provas, além de soltos, estão quase todos elegíveis esse ano?

Porque a “justiça” nesse país é arbitrária, parcial e trabalha a favor de um grupo.

De um golpe.

A favor da elite financeira, dos bancos, do sistema.

A favor da manutenção dos privilégios e do apoio de uma classe média que deseja muito mais pertencer a esse grupo e não se reconhece próxima à realidade dos oprimidos nesse país.

Um sistema que esmaga a chance de democratização dos acessos e tritura os que estão na base.

Diante de tamanha inescrupulosidade, venho aqui reiterar o meu apoio a esse candidato, que para mim, será sempre motivo de orgulho e máximo respeito.

Ao que pese os erros do passado e do partido (praticado por todos os partidos da história), as conquistas e mudanças trazidas por ele são inegáveis.

E o que desejam, no fundo, os que defendem a impugnação da candidatura de lula é que tudo se mantenha no mesmo lugar.

A eterna e bizarra casa grande e senzala.

O de cima sobe e o de baixo, desce.

Sigo apoiando Haddad e Manuela.

Querida Manú, que se encontra ao nosso lado nessa imagem, feita em Porto Alegre.

Segue a luta, a gratidão, o carinho, o respeito e a certeza de que o estado de direito, bem como as oportunidades e acessos para todxs nesse país se realizem.

Sempre.