Míriam Leitão enganou seus leitores ensaiando a autocrítica tão cobrada do PT.
Fez que ia e acabou fondo, como dizia meu amigo Zezinho.
Em sua coluna no Globo, tascou que “Bolsonaro vendeu a ficção eleitoral de que era a nova política”.
“Jair Bolsonaro se apresentar como o representante da nova política é uma ficção eleitoral. O presidente passou 28 anos no Congresso e nunca se notabilizou por fazer de maneira diferente”, escreveu.
“Ele esteve em partidos envolvidos em corrupção, com o PP. Bolsonaro apenas não esteve nos grupos de poder porque era adversário deles.”
Míriam fala da liberação de R$ 1 bilhão em emendas, que Jair prometia não adotar antigas práticas corruptas e na verdade adotou etc etc.
Além do artigo ser raquítico, é desonesto.
O atual ocupando do Palácio do Planalto prosperou ao longo de três décadas sem ser minimamente incomodado pela Globo, ampliando seus tentáculos para as milícias, botando a família para mamar, atacando a democracia.
Enquanto ele crescia, Míriam e quejandos linchavam de maneira obsessiva o PT e o “lulodilmismo”, ajudando a derrubar Dilma, edulcorando gente como Aécio Neves, tratando movimentos fascistas de rua como democratas.
Da última vez em que Míriam esteve cara a cara com o sujeito numa sabatina, acoelhou-se e foi obrigada a ler o clássico editorial lamentando o apoio de seus empregadores à ditadura (outra ficção).
A “ficção eleitoral” não existiria sem a Globo e atores como Míriam Leitão.