Míriam Leitão: mercado tem saudade de Bolsonaro mesmo com melhora da economia

Atualizado em 22 de novembro de 2023 às 12:18
Lula e Bolsonaro durante debate. Foto: reprodução

Em artigo publicado no Globo nesta quarta-feira (22), a jornalista Míriam Leitão destacou que o mercado financeiro ainda tem saudades do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mesmo diante da melhora na economia na gestão de Lula (PT).

Confira alguns trechos:

O mau humor do mercado com o governo Lula aumentou um pouco com o debate sobre a meta fiscal. A mais recente pesquisa Genial/Quaest ouvindo agentes do mercado financeiro mostra que 39% acham que o ministro Fernando Haddad ficou mais fraco depois da polêmica, e só 12% acham que ele ficou mais forte.

Há uma unanimidade em torno da questão. Ninguém acha que o governo cumprirá o déficit zero no ano que vem. O número encontrado pela pesquisa junto a cem representantes de fundos de investimento do Rio e de São Paulo é redondo: 100% acham que a meta não será cumprida. (…)

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Lula e Bolsonaro durante debate. Foto: reprodução

O mercado financeiro ainda tem saudades do governo Bolsonaro. Nada menos que 80% acham que a equipe econômica do governo anterior era melhor do que a atual. Só 8% veem a equipe de Haddad melhor do que a de Paulo Guedes. Os gestores financeiros aparentemente se esqueceram que Guedes e seu time não “entregaram”, para usar uma palavra que eles gostam, o programa.

Não houve o alardeado “um trilhão de privatização”. Foi vendida apenas a Eletrobras, na undécima hora, e usando o modelo feito no governo Temer. Não foi feita a liberalização da economia. Não foi aprovada a Reforma Tributária, que só agora, no governo Lula, andou. O teto de gastos foi furado muitas vezes e houve pedalada nos precatórios. Se eles administram recursos alheios de forma tão enviesada quanto fazem suas avaliações políticas, os poupadores brasileiros estão perdidos.

Na pergunta da expectativa para a economia dos próximos 12 meses, 55% acham que vai piorar. No começo do ano esse número chegou a 78%, caiu para 21% em julho, e agora o grupo dos pessimistas voltou a ser maioria. O mercado sempre achou que a política econômica está na direção errada: 73% agora dizem isso, mas no começo do ano chegou a ser 98%. Em julho essa desaprovação havia caído para 53%. Agora voltou a subir. (…)

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