As moças do Banrisul e os estragos do Bolsonarismo. Por Moisés Mendes

Atualizado em 26 de dezembro de 2021 às 23:07
Mulheres abraçadas, crítica do bolsonarismo
Análise sobre o bolsonarismo – Foto: Reprodução

Vou relembrar um assunto que já abordei outras vezes aqui. Em 2013, o Banrisul fez um dos comerciais mais belos dos últimos anos.
Em meio a muitas cenas de cotidiano, num vídeo de um minuto e meio, aparecem em menos de dois segundos duas moças andando de costas.

Compartilho de novo o comercial, no dia em que recebemos uma notícia desanimadora.

O Datafolha informa que 51% da população brasileira concorda total ou parcialmente que “comerciais com casais homossexuais devem ser proibidos para proteger as crianças”.

Desde 2013, com o comercial que abordei na crônica “As moças”, em Zero Hora, não avançamos muito. E o bolsonarismo nos devolveu agora para tempos pré-2013.

Logo no início do governo Bolsonaro, em abril de 2019, o Banco do Brasil tentou fazer algo parecido, em nome das liberdades, da diversidade e das diferenças, mas o sujeito mandou censurar o comercial.

Na propaganda do Banrisul, sobre o que move as pessoas, a rápida cena das moças caminhando é a mais impactante do vídeo produzido pela Competence.

O governador era Tarso Genro. Não sei de nada semelhante que o Estado tenha produzido depois. O que sei é que o sonho dos amigos de Bolsonaro no governo ainda é vender o Banrisul.