O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quinta-feira (17) o pedido de cooperação internacional apresentado pela Polícia Federal (PF) para solicitar aos Estados Unidos a quebra de sigilo bancário dos investigados nos casos das joias.
Estão na mira da corporação as contas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL); do tenente-coronel Mauro Cid; do general Mauro Cesar Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens do ex-mandatário; e do advogado Frederick Wassef.
A suspeita é de que as contas teriam sido usadas para recebimento de valores relativos a vendas de presentes de alto valor recebidos por Bolsonaro de delegações estrangeiras.
A PF também irá pedir ao FBI uma investigação sobre as lojas em que os itens foram vendidos. O objetivo é identificar pessoas físicas que transacionaram ilegalmente esses bens e onde foi parar o dinheiro das vendas.
No caso da recompra do Rolex, feito por Wassef, o pedido ao FBI também será no sentido de investigar de onde saiu o dinheiro usado pelo advogado para recomprar o relógio.
Segundo a investigação da PF, o relógio foi recomprado após o Tribunal de Contas da União (TCU) expedir uma ordem pela devolução de itens ao Estado.