
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o senador Ciro Nogueira (PP-PI) a visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto. A decisão também libera o acesso de outros aliados próximos, incluindo o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto.
Além de Ciro, o ministro permitiu que os senadores Marcos Pontes (PL-SP) e Márcio Bittar (PL-AC) façam visitas ao ex-presidente, bem como o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e o dirigente partidário Bruno Scheid. As autorizações seguem um cronograma estabelecido para o mês, com visitas entre os dias 9 e 20 de outubro.
O calendário prevê que Ciro Nogueira visite Bolsonaro no dia 9, seguido pelo assessor do PL Marcus Antonio Ibiapina no dia 10. Bruno Scheid, vice-presidente do partido em nível estadual, fará a visita no dia 13. Marcos Pontes foi autorizado para o dia 14, Márcio Bittar no dia 16, Sóstenes Cavalcante no dia 17 e Valdemar Costa Neto encerrará a agenda no dia 20.
Os pedidos de visita foram protocolados pela defesa de Bolsonaro em 2 de outubro. Os advogados alegaram que as reuniões com Valdemar Costa Neto são essenciais para o ex-presidente manter contato político e discutir assuntos partidários. Segundo a defesa, as visitas semanais seriam “indispensáveis” para a coordenação interna do PL.

Bolsonaro também solicitou autorização para receber Gilson Machado Guimarães, vereador do Recife e aliado de longa data, mas esse pedido ainda não foi analisado por Moraes. O ministro manteve o controle sobre o número e a frequência das visitas, restringindo o acesso à residência do ex-presidente a nomes previamente aprovados.
O ex-presidente cumpre prisão domiciliar por ter desobedecido determinação do próprio Moraes em uma investigação que apura coação praticada por seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A medida impôs restrições de comunicação e visitas desde o início da pena.
Em setembro, Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pelo STF por liderar a trama golpista após sua derrota nas eleições de 2022.