Moraes defende a Constituição e diz que respeitará quem vencer as eleições

Atualizado em 29 de abril de 2022 às 21:53
foto de Alexandre de Moraes com olhar desconfortável e sério.
Ministro Alexandre de Moraes disse que respeitará os vencedores das eleições de outubro. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta sexta-feira (29) que a Justiça irá garantir que todos os eleitos sejam diplomados em dezembro, “não importa quem”. A fala acontece em um momento de ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao sistema eleitoral brasileiro e ao STF nos últimos dias.

Moraes, que vai presidir o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a partir de agosto, defendeu o processo eleitoral e atacou a disseminação de mentiras e notícias falsas que tentam desacreditar a confiança nas urnas eletrônicas.

“Eu tenho absoluta certeza que ameaças vãs, coações tentadas, nada disso amedrontará nenhum juiz eleitoral do País. Nós teremos uma eleição transparente e segura. A população pode ter certeza: em dezembro serão diplomados aqueles que o povo escolheu. Não importa quem. O povo é soberano. A Constituição garante, no artigo primeiro, a soberania popular. O povo escolherá”, disse o ministro.

Moraes afirma que o principal desafio será combater a desinformação e às milícias digitais

Em declaração à imprensa, Alexandre de Moraes disse que o principal desafio do setor judiciário será combater a desinformação e às milícias digitais. “Temos o desafio do combate à desinformação, às milícias digitais, ao discurso de ódio, contra a democracia e as instituições e, lamentavelmente, o discurso ignóbil contra a Justiça Eleitoral. Os juízes eleitorais devem, assim como eu e os membros do TSE, se sentir absolutamente indignados com esse discurso fraudulento, mentiroso e criminoso de tentar desqualificar uma das grandes conquistas do Brasil, que é a lisura das eleições com as urnas eletrônicas. Não vamos aceitar desinformação, atuação de milícias digitais e fake news nesta eleição”

Na quarta-feira (27), Bolsonaro voltou a duvidar da segurança das eleições, que acontecerão em outubro deste ano. Ele sugeriu que as Forças Armadas (FA) façam uma “contagem paralela” de votos, além de atacar o ministro Luís Roberto Barroso, que criticou a atuação das FA no processo eleitoral.

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