Moraes determina bloqueio de contas bancárias e de perfis nas redes de empresários golpistas

Atualizado em 23 de agosto de 2022 às 9:34
Empresários bolsonaristas
Foto: Reprodução

A pedido do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal cumpre nesta terça-feira, 23, mandados de busca e apreensão em endereços de oito empresários integrantes de um grupo de rede social de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Além das buscas nos endereços ligados aos empresários, o ministro Alexandre de Moraes autorizou a Polícia Federal a ouvir os investigados. O ministro do STF também determinou bloqueio das contas bancárias dos envolvidos, bloqueio de contas nas redes sociais e quebra de sigilo bancário.

Os mandados são cumpridos nesta terça-feira (23/08) em cinco estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Ceará.

Entre os alvos da operação desta terça-feira estão Luciano Hang (lojas Havan), José Isaac Peres (rede de shopping Multiplan), Ivan Wrobel (Construtora W3), José Koury (Barra World Shopping), André Tissot (Grupo Serra), Meyer Nirgri (Tecnisa), Marco Aurélio Raimundo (Mormai) e Afrânio Barreira (Grupo Coco Bambu).

Mensagens reveladas pelo site “Metrópoles” mostram que empresários apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, passaram a defender um golpe de Estado caso o ex-presidente Lula (PT), também candidato à Presidência, vença as eleições de outubro.

Na última quinta-feira (18), advogados e entidades jurídicas entraram com uma notícia-crime no TSE contra eles.

Colegas de Moraes na corte acreditavam que ele seria “implacável” com os golpistas a fim de impedir que cometessem algum crime durante as eleições. Ele não prendeu empresários que financiaram manifestações antidemocráticas em 2019. Agora, dificilmente deixaria que ações golpistas passassem impunemente.

A suspeita é de que eles estejam financiando grupos radicais como o do bolsonarista que ameaçou pendurar os ministros do Supremo “de cabeça para baixo”. 

Os empresários que estavam no grupo afirmam que é tudo em âmbito privado, mas Alexandre de Moraes tem provas de que as ações têm como objetivo a sustentação política de Bolsonaro.

Print da mensagem de empresário golpista
Foto: Reprodução

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