Nesta sexta-feira (19), foi determinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre o pedido da Polícia Federal para indiciar o presidente Jair Bolsonaro (PL) por associar vacina contra Covid à Aids.
Nesta semana, a delegada Lorena Lima Nascimento afirmou em petição à Corte que o chefe do Executivo cometeu incitação ao crime ao fazer a associação, durante transmissão de uma live em suas redes sociais. Para a PF, a conduta do ex-capitão incentivou que espectadores não adotassem norma sanitária estipulada pelo próprio governo.
Segundo relatório da PF, Bolsonaro disseminou informações falsas de maneira voluntária e consciente numa live em outubro de 2021. Na ocasião, ele leu um texto que afirmava falsamente que pessoas que haviam tomado o imunizante estariam “mais propensos a desenvolver a doença provocada pelo vírus HIV”.
No entanto, a relação feita pelo presidente é falsa. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e outras autoridades de saúde já esclareceram que as vacinas não trazem doenças.
A abertura deste inquérito pelo STF é questionada pela PGR. A investigação teve início em dezembro de 2021, após Moraes atender a um pedido da CPI da Covid no Senado.
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