
Faltando menos de dois meses para o primeiro turno das eleições, e menos de uma semana para o ministro Alexandre de Moraes empossar, de fato, o comando do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) articulam um plano de aproximação com o ministro para tentar uma “trégua” na guerra política.
Como revelado pelo Globo, o presidente permitiu que seus aliados tentassem negociar com Moraes. Para isso, o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, o ministro da AGU (Advocacia-Geral da União), Bruno Bianco, e o chefe de gabinete do ministro e futuro secretário-geral do TSE, José Levi, ficaram encarregados do diálogo direto para executar a operação.
Alguns dos pontos principais pensados para essa “negociação” seria uma concessão do TSE em relação ao teste de integridade e o TPS (Teste Público de Segurança), além do presidente querer que Moraes encerre o Inquérito das Fake News.
No entanto, apesar do que os integrantes do Palácio do Planalto acreditam, Moraes provavelmente não adotará essa postura. O ministro já deixou claro a colegas da Corte que está preparado para assinar, principalmente, atos e resoluções do TSE que fortaleçam mais a defesa do sistema eleitoral e das urnas, os maiores alvos de ataques e discursos de Bolsonaro nos últimos tempos.