
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, nesta sexta-feira (28/3), a substituição da prisão preventiva da cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, de 39 anos, por prisão domiciliar. Ela havia sido detida por escrever com batom na estátua “A Justiça” durante os atos antidemocráticos de 8 de janeiro.
No entanto, Moraes estabeleceu algumas restrições, como o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de acessar redes sociais e de se comunicar com outros envolvidos nos eventos daquele dia. Além disso, a cabeleireira não poderá conceder entrevistas a veículos de comunicação, sejam nacionais ou internacionais, sem autorização do STF.
Suas visitas também serão limitadas, permitindo apenas a presença de seus advogados, devidamente constituídos no processo, além de seus pais e irmãos ou outras pessoas previamente autorizadas pela Corte.

Débora é casada com o pintor Nilton Cesar dos Santos, que tem cuidado dos filhos enquanto a esposa está presa. Frequentadora da Igreja Adventista do 7º dia, ela é descrita como “mulher cristã, justa, honesta e que sempre defendeu a família” por parentes.
Débora escreveu uma carta de próprio punho para pedir desculpas a Alexandre de Moraes, ministro do STF, em janeiro deste ano. No documento, a cabeleireira disse desconhecer o valor da estátua “A Justiça”, avaliada entre R$ 2 milhões e R$ 3 milhões, e argumentou que uma outra pessoa começou a pichar a obra e pediu para que ela continuasse, porque sua letra seria feia.