
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou Jair Bolsonaro a sair da prisão domiciliar para realizar um procedimento médico no próximo domingo (14). O ex-presidente deve ir ao Hospital DF Star, em Brasília, para remover lesões de pele, conforme solicitado por sua defesa na última segunda (8).
O transporte será feito sob escolta da Polícia Penal do Distrito Federal e a decisão estabelece que a permanência de Bolsonaro no hospital será restrita ao dia do atendimento. Moraes determinou ainda que, em até 48 horas após o procedimento, a defesa apresente à Corte um atestado médico comprovando a realização da cirurgia, com data e horários.
A autorização é temporária e não altera as demais medidas cautelares impostas a Bolsonaro. Entre elas está a inspeção obrigatória dos veículos que saem de sua residência, medida já em vigor desde 30 de agosto. A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal foi notificada para garantir o cumprimento das exigências.
O pedido foi protocolado na segunda pela defesa do ex-presidente, que anexou relatório médico e destacou que se trata apenas da retirada de lesões de pele. No documento, os advogados solicitaram a liberação de forma específica para a data do procedimento.
“Jair Messias Bolsonaro, já qualificado nos autos em epígrafe, por seus advogados que esta subscrevem, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, requerer autorização para deslocamento a fim de se submeter a procedimento médico no Hospital DF Star, no dia 14/09/2025, conforme relatório médico anexo”, diz o documento.

A defesa e aliados de Bolsonaro têm afirmado que o ex-presidente enfrenta problemas de saúde desde que entrou em prisão domiciliar, em agosto. Na semana passada, um dos advogados, Paulo Cunha Bueno, disse que ele atravessa uma “situação bastante delicada”.
Segundo relatos de familiares e apoiadores, Bolsonaro estaria abatido. O coronel Ricardo Augusto de Mello Araújo (PL), vice-prefeito de São Paulo, afirmou que o ex-presidente perdeu 3 kg e apresenta sinais de tristeza. Já o vereador Carlos Bolsonaro (PL) declarou que “o velho não está bem e depende de medicações”.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) também foi notificada sobre a decisão, assim como a defesa do ex-presidente.