Moraes manda AGU adotar providências para extradição de Zambelli

Atualizado em 1 de agosto de 2025 às 7:52
Alexandre de Moraes é o único brasileiro entre 262 punidos pelos EUA com Lei Magnitsky
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Foto: Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira (31/07) que a Advocacia-Geral da União (AGU) adote as providências necessárias no processo de extradição da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), presa em Roma, na Itália.

“Considerando a comunicação da prisão da ré condenada Carla Zambelli Salgado de Oliveira na República Italiana, oficie-se à Advocacia-Geral da União para que acompanhe e adote as providências cabíveis e necessárias relacionadas ao processo de extradição da ré”, escreveu Moraes em despacho.

Em nota, a AGU afirmou que já tomou ciência da decisão do ministro e que atuará oficialmente assim que for comunicada formalmente pela Justiça italiana. Zambelli foi detida na última terça-feira (29) e está no presídio feminino de Rebibbia.

Foto de arquivo: a deputada federal Carla Zambelli (PL- SP) participa uma coletiva de imprensa na sede de seu partido no bairro de Moema, na zona sul da cidade de São Paulo, na tarde desta quinta-feira, 15 de maio de 2025 — Foto: NINO CIRENZA/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Carla Zambelli, deputada bolsonarista que fugiu após ser condenada. Foto: Reprodução

A deputada, que possui cidadania italiana, será submetida a uma audiência de custódia nesta sexta-feira (1º), quando as autoridades decidirão se ela permanecerá presa, passará à prisão domiciliar ou se será aceita a extradição para o Brasil.

O governo brasileiro já formalizou o pedido de extradição para que a bolsonarista cumpra a pena de 10 anos de prisão no país.

A defesa da parlamentar afirmou que pretende impedir a extradição e, caso não consiga, solicitará que ela possa cumprir a pena em solo italiano. De acordo com especialistas e autoridades, o processo pode levar de seis meses a um ano e meio.

A deputada foi condenada pela Primeira Turma do STF por invasão dos sistemas do CNJ e falsificação de documentos, além de ter sido sentenciada ao pagamento de R$ 2 milhões de indenização.