Moraes manda PF investigar Tenente-coronel Zucco, presidente da CPI do MST

Atualizado em 23 de maio de 2023 às 17:10
Deputado federal Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS). Foto: Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na última quarta-feira (17) que a Polícia Federal (PF) investigue o deputado federal tenente-coronel Zucco (Republicanos-RS). O parlamentar é suspeito de incentivar atos antidemocráticos no Rio Grande do Sul e em Brasília. Com informações da coluna Maquiavel, da Veja.

Zucco foi eleito presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). O parlamentar escolheu o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) como relator do colegiado.

“Encaminhem-se os autos à Polícia Federal, para continuidade das investigações”, decidiu o ministro. A documentação foi disponibilizada à PF na sexta-feira (19).

Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Foto: Reprodução

No despacho, Moraes disse que o deputado foi alvo de uma notícia de fato levada ao Ministério Público Federal (MPF) a respeito de suposto “patrocínio e incentivo” a atos antidemocráticos, como o bloqueio de estradas após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais.

O caso, que inclui publicações feitas por Zucco nas redes sociais, foi remetido ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), a pedido do MPF, diante do foro privilegiado do parlamentar na Corte.

A Procuradoria Regional da República da 4ª Região (PRR4) também defendeu que a investigação fosse para o STF porque “tramitam de modo concentrado na Suprema Corte diversos inquéritos correlatos, inclusive envolvendo pessoas não detentoras de prerrogativa de foro, mas lá investigadas por força de eventual conexão”.

Em nota, Zucco disse que ficou surpreso “ao saber pela imprensa da existência da solicitação de investigação”. O deputado afirmou que documentos e vídeos “demonstraram que não há qualquer indício de envolvimento meu com quaisquer atos atentatórios à democracia”.

“Estou tranquilo em relação à investigação e certo de que a Polícia Federal verificará que nenhum crime houve assim como já observado pela autoridade policial do Rio Grande do Sul”, declarou. “Informo que minha assessoria jurídica se encontra à disposição da justiça para colaborar e esclarecer quaisquer pontos que se mostrem necessários”, disse o parlamentar.

Sobre o CPI do MST, Zucco ainda afirmou que seguirá firme “na missão de buscar todos os esclarecimentos sobre a escalada de invasões de propriedades privadas”.

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