Moraes nega cafeteira, ventilador e mais para militares golpistas presos

Atualizado em 30 de março de 2024 às 18:43
O ministro Alexandre de Moraes. Foto: Abdias Pinheiro/TSE

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), vetou itens solicitados pelos coronéis Marcelo Câmara, ex-assessor de Jair Bolsonaro, e Bernardo Corrêa Netto, presos na Operação Tempus Veritati. Sob custódia do Exército, eles pediram itens que não são fornecidos pelo comando do batalhão.

O ex-assessor de Bolsonaro pediu autorização para que familiares levassem torradeira, chaleira e ventilador a ele. Moraes negou as solicitações e alegou “absoluta ausência de previsão legal” para a entrega do material.

Corrêa Netto, por sua vez, tinha uma lista mais ampla, que contava com itens como cafeteira, rádio-relógio, cabides e jogos como palavras cruzadas e sudoku. Os itens também foram vetados pelo magistrado.

Moraes autorizou, no entanto, a entrega de uma Bíblia (sem capa dura, zíper ou qualquer tipo de anotação), canetas azuis, meias, lençóis e itens de limpeza e higiene pessoal. Para essa lista, o ministro alegou que os objetos atendem “ao princípio da dignidade da pessoa humana”.

Os coronéis Marcelo Câmara e Bernardo Corrêa Netto. Foto: Reprodução

Câmara, além da investigação sobre trama golpista, é alvo dos inquéritos que apuram o caso de espionagem ilegal de autoridades da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e a venda de joias recebidas de presente pelo ex-presidente. Ele continua preso.

Militar da ativa, Corrêa Netto passou a ser investigado após serem encontradas mensagens suas no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, sobre supostas fraudes nas urnas eletrônicas e a divulgação de notícias ofensivas a militares. O coronel foi solto neste mês.

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