Moraes nega transferência de Roberto Jefferson para hospital particular

Atualizado em 25 de novembro de 2022 às 16:39
Roberto Jefferson segurando arma
Foto: Reprodução

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes negou o pedido da defesa de Roberto Jefferson para que o ex-deputado bolsonarista fosse transferido do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, para o Hospital Samaritano da Barra, na Barra da Tijuca.

No pedido, os advogados afirmam que Jefferson precisa de tratamento adequado e a unidade hospitalar tem condições para fazer os exames necessários. Segundo a defesa, a transferência foi solicitada sob pena de agravamento irreversível do estado de saúde do ex-parlamentar, que poderá resultar em risco de morte.

Moraes, porém, afirmou que a documentação apresentada pela própria defesa indica a plena capacidade do presídio em efetivar o tratamento que Jefferson necessita.

“Além da plena capacidade de tratamento pela unidade prisional, cumpre ressaltar, em acréscimo, que Roberto Jefferson, por ocasião de sua prisão anterior, teve sua transferência autorizada para o tratamento em hospital particular, ocasião em que incorreu em diversas violações das medidas contra ele impostas, notadamente mediante uso de interpostas pessoas para divulgação de vídeos nas redes sociais e para repasse de orientações aos dirigentes do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), circunstância que também impede o deferimento do pedido”, disse o ministro.

O magistrado também destacou que “causa perplexidade os fundamentos do pedido da defesa, poucas semanas após o réu ter recebido a Polícia Federal com dezenas de tiros de fuzil e arremesso de granadas, sem demonstrar estar na situação debilitada apontada”.

Em outubro, ao receber ordem de prisão da Polícia Federal, Jefferson atacou os agentes com tiros de fuzil e granadas. Após o atentado, ele teve nova prisão em flagrante determinada por Moraes, por suspeita de tentativa de homicídio de dois policiais federais.

A primeira ordem de prisão ocorreu por Jefferson ter recebido visitas, ter dado orientações a dirigentes do PTB, concedido entrevistas e promovido a disseminação de notícias falsas enquanto usava tornozeleira eletrônica, além do ataque machista, misógino e criminoso contra a ministra Cármen Lúcia.

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