Moraes proíbe Mauro Cid de se comunicar com Bolsonaro e Michelle

Atualizado em 25 de agosto de 2023 às 21:51
Tenente-coronel Mauro Cid. Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a proibição de comunicação entre o tenente-coronel Mauro Cid e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Em sua decisão, datada da última quarta-feira (23), Moraes afirmou que tal medida se mostra essencial para garantir a continuidade das investigações.

Cid encontra-se em prisão desde maio, sob a suspeita de estar envolvido em uma suposta fraude relacionada a cartões de vacinação contra a Covid-19, inclusive o de Bolsonaro.

“É absolutamente necessária a incomunicabilidade entre os investigados alvos das medidas, considerando a conveniência da instrução criminal, uma vez que diversos acontecimentos requerem esclarecimentos que aguardam a conclusão das medidas investigativas, especialmente em relação à análise do material apreendido e à realização da oitiva de todos os agentes envolvidos”, expressou o ministro.

Michelle Bolsonaro e Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução

A decisão de Moraes ocorre no contexto da investigação que apura crimes ligados às joias recebidas por Bolsonaro de delegações estrangeiras.

Conforme o ministro, a análise dos dados encontrados no celular de Cid, realizada pela Polícia Federal (PF), revelou indícios de “desvio de bens de elevado valor patrimonial”.

“A análise dos dados armazenados no telefone celular apreendido em posse de Mauro Cesar Barbosa Cid revelou indícios de que ocorreu desvio de bens de alto valor patrimonial entregues por autoridades estrangeiras ao ex-Presidente da República ou a agentes públicos a seu serviço, e subsequente ocultação da origem, localização e propriedade dos valores advindos, emergindo novos fatos e agentes envolvidos”, declarou Moraes.

Ademais de Bolsonaro e Michelle, o tenente-coronel também está impedido de estabelecer comunicação com sua esposa, Gabriela Cid, e outros investigados no caso, como Marcelo Câmara, o médico Farley Vinícius Alencar de Alcântara e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ).

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